.::. : ) Parayba Records: UM GAROTO E SUA CAMEÇA MOTORIZADA

Um garoto e sua cabeça motorizada.

Comecei a ouvi Motorherd lá pelo ano de 1987/88 em Aracaju/SE.
Gostei logo de cara, tinha aquela coisa de uni estilos e movimentos (METAL + PUNK = ROCK ANDA ROLL) coisa que sempre me facinou, sempre fui contra a essa coisa de separação do underground, sempre acreditei na união das forças em prol do Rock.

No Sleep'til Hammersmith foi o primeiro álbum que ouvir, um clássico em se tratando de discos ao vivo. Também foi o primeiro LP da banda que comprei já aqui no Rio na lendária loja de discos Toca do Vinil no bairro do Catete. Voltando ao final dos anos 80.

Passei as Férias de verão aqui no Rio e dias depois de volta para Aracajú aconteceu a primeira turnê da banda pelo Brasil. Para qualquer fan de Metal da época essa turnê foi motivo de orgulho, pois foi umas das primeiras oportunidades para varias bandas da já grandiosa cena METALICA NACIONAL abrissem os shows da banda pelo Brasil uma delas foi a Dorsal Atlântica. Uma coisa que nunca vou esquece foi assistir à esse show na TV algumas semanas depois na extinta Rede Manchete em um programa com nome no mínimo duvidoso o C&A Pop Show (era a loja C&A quem patrocinava).

Todo o movimento underground de Sergipe parou naquela tarde de sábado, show de rock na TV era coisa rara nos anos 80 ainda mais em Aracaju. O programa não exibiu apenas o show do Motorherd como também toda a violência oferecida gratuitamente pelos Skinherds presentes que não pouparam esforços para baixa a porrada em quem desse vontade. Em uma cena um Skin pega um banger (anos depois eu conheci esse banger em Bangu/RJ) e sai largando cotoveladas na cara do sujeito, quando o skin se cansa de bater no indivíduo largar o mesmo em uma grade do Maracanazinho (local do show do Rio) e só assim poderíamos ver o tal banger de corpo inteiro e o que se via na TV era um cara com uma camisa branca com uma imensa macha vermelha a primeira dedução que tínhamos (incluindo o cinegrafista que rapidamente acionou o zoom da a filmadora) era algo como:

Apanhou tanto que ficou todo ensangüentado. Que nada era apenas uma camisa com o famoso desenho da locomotiva do Motorherd em vermelho. De longe sem definição lembrava muito sangue.

Contando isso hoje pode parece besteira, mas na época essa imagem foi muito comentada. Os anos se passaram e em 1992 (ano mágico em temos de Shows no Brasil). O Motorherd volta ao Brasil um mês depois do famoso show do Ramones no canecão onde uns skinherds jogaram uma bomba de gás lacrimogêneo durante o show, Lemmy(líder e fundador da banda e ex roodie de ninguém menos que Jimi Hendix) havia inclusive prometido uma surpresa para os skinheads em relação ao caso da bomba. Seria a minha primeira oportunidade de ver, O Motorherd em ação.

Porem no momento em que me dirigia para o show um conhecido do bairro me avisou que a Radio Fluminense tinha acabado de anunciar que o show tinha sido cancelado. Como esse cara é meio maluco preferi confirmar ligando para o Canecão. Era verdade e fiquei decepcionado, pois ia embora a chance de ver uma dos shows, mas energéticos do rock.

Só em 1996 tive a oportunidade (até que enfim) de ver o Motorherd no então Metropolitan abrindo para o Iron Maiden, e com o Skid Row como sua banda de abertura. Logo no inicio do show por alguns segundos fiquei com os olhos cheios de lagrimas com o que estava vendo.

O velho Lemmy com seu famoso baixo e mandando clássicos de todas as épocas da banda.

Em 2000(eu acho) a banda volta para o Brasil e faz, mas um show no mesmo palco do Metropollitan dessa vez uma das minhas memórias foi quando alguém da banda (eu vi quem foi, só que depois do que ocorreu eu não lembro que foi) jogou uma palheta eu estiquei o braço e fui acompanhado ela na minha mão a mesma foi para dentro do decote da blusa de uma linda garota que disputou comigo aquela palheta alegando que aquela paleta lhe pertencia só porque ela tinha ido para entre os seus seios. Os seguranças do Metropolitan cochichavam que eu tinha me aproveitado da paleta só para pega nos seios da garota.

Na ultima quinta feira 13/5 tive, mas uma oportunidade de ver outro show da banda realizado no canecão e dessa vez ainda fotografei a banda (aguarde matéria do show e fotos nos próximos números da Rock Press fotos em meu fotolog). Dessa vez deferente das outras agitei pouco, pois estava com equipamento fotográfico.

Assisti o show em companhia do meu amigo de trabalho o jornalista Carlos Lopes que em 1989 tocou como Motorherd com sua ex-banda a Dorsal Atlântica. Foi um showsão.

Às vezes durante o show, mentalmente e analisava em 1989 eu era um garoto com quase 14 anos que lamentava não poder ir ao show de uma das suas bandas favoritas. Em 2004 eu era o mesmo garoto que assistia pela terceira vez ao show de umas das suas bandas favoritas ao lado de um dos músicos de outra das suas bandas favoritas. A entrevista com Carlos Lopes (Dorsal Atlântica, Usina Lê Blond e Mustang) está em fase final basta só concluir os trabalhos com o novo formato, colaborações e parcerias desse blog, para ser publicada, juntamente com um monte de coisas novas aguardem.

UM ABRAÇO! MICHAEL MENESES!

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