sexta-feira, fevereiro 10, 2006

O PREÇO DA CARNE

Recebi o e-mail abaixo há algum tempo pela minha amiga PUNK-AQUI, que é uma das visitantes mais antigas deste blog.
Resolvi postar o e-mail aqui no blog para que todos refletissem um pouco sobre essa COISA.
Vivo falando que vou fazer minha parte e DEFECAR para quem não faz a sua.
Em especial para aqueles que acham que eu to errado em fazer a minha parte.
Mas vez por outro me bate a revolta e postar um texto como esse ou repassa o mesmo por e-mail, me dão animo para não ficar parado diante de CORVADIAS como as que são contadas no texto abaixo.

Segue o e-mail:


Recebi um e-mail com esse texto e achei tua cara:

O preço da Carne

Chineses costumam encarar qualquer coisa que se mova como um alimento à sua disposição. Eles consideram o animal um mecanismo, um objeto, cuja dor e sofrimento não nos dizem respeito. Ironicamente, os piores exemplos de maus-tratos acontecem na mesma Ásia onde nasceu o budismo - a mais benevolente e avançada religião do mundo no trato com os animais.

Nos tristemente famosos "mercado de vida selvagem" asiáticos há de tudo. Mamíferos, répteis, insetos, batráquios, tudo vai paras as gaiolas apertadas, lotadas sem água nem comida. Qualquer foto desses mercados é permamente festival de sangue, urina e fezes. Há mais do que cheiro ruim no ar: existe medo. E vírus de diferentes espécies novas se combinando uns com os outros.

As imagens mais chocantes registram o que esses mercados destinam aos cães. Os mesmos cães que aqui viram membro da família, ajudam cegos ou orientam equipes de salvamento. Lá, cachorros são comida. E não se deixe enganar: esses mercados chineses não existem para "matar a fome do povo". Chineses pobres comem frango e peixe, os cães são "iguarias" caras, assim como gatos, escorpiões, cobras, enguias e etc.

Eu tive a chance de ver fotos e vídeos desses mercados. Os cozinheiros acreditam que a adrenalina no sangue dos cães amacia a carne. Quanto mais sofrimento mais apetitoso é o prato. Em nome dessa carne macia, a palavra de ordem é torturar os cães até a morte. Eu já vi a foto de um pastor alemão sendo enforcado na viga de uma cozinha sendo puxado pelo pés. Eu já testemunhei um vira-latas com as patas dianteiras amarradas para trás do corpo e desisti de imaginar o tamanho de sua dor. Assisti ao vídeo de um cão magrinho que foi mergulhado em água fervendo, retirado, teve sua pele inteirinha arrancada e ainda olhando a câmera tremendo junto a panela onde ainda foi cozinhado em vida.

As perguntas básicas São:
Nós, humanos, temos direito a isso?
Quem nos deu esse direito?
Temos o direito de jogar uma lagosta viva na água fervente?
Temos o direito de comer um peixe fatiado ainda vivo no seu prato num restaurante japonês?
Temos o direito de prender bezerros em lugares escuros imobilizados por toda sua curta vida, por um vitelo?
Nosso paladar é tão importante assim na ordem das coisas?
Um sabor diferente em nossas bocas justifica tudo?

A questão ultrapassada à esfera da ética e da civilidade. A Sars nasce no chão imundo dos mercados chineses. A doença da vaca louca – permanente ameaça na nossa pátria do churrasco - surgiu quando obrigamos o gado a se canibalizar. O terrível ebola se espalha com cada homem africano que devora nossos primos biológicos, gorilas e chimpanzés. Vírus mutantes saltam do sangue de aves para o dos homens sem defesas naturais.
Segundo a revista inglesa The Economist, nada menos de 60% das doenças humanas surgidas nos últimos vinte anos tem origem em outras espécies animais. Tony McMichael, pesquisador da Universidade Nacional de Austrália, é bastante claro:
"Vivemos num mundo de micróbios, precisamos ser um pouco mais espertos no jeito como manejamos o mundo ao nosso redor".
Mercados chineses e churrascos africanos parecem fenômenos distantes. Mas o brasileiro continua dependendo de mais alimentação animal. Temos uma churrascaria por quarteirão, e numa cidade de 12 milhões de habitantes, como São Paulo, contam-se nos dedos os restaurantes vegetarianos. E ainda temos um lobby querendo ampliar a oferta de animais nas geladeiras: avestruzes, capivaras, jacarés, tudo criado em cativeiro com carimbo do Ibama.
A cada nova espécie consumida pelo homem, mais uma mistura de vírus – algumas combinações inofensivas, outras não.
Para tentar controlar essas doenças cometemos mais brutalidade:
Enterramos milhões de aves vivas, afogamos gatos selvagens em piscinas de desinfetante. Provocamos desastres e massacramos as vitimas. Temos um caminho inteligente: racionalizar, humanizar e diminuir cada vez mais o consumo de animais. Ou podemos continuar banho de sangue. Aí todos nos pagaremos o preço.

Quando uma borboleta bate as asas na Europa pode iniciar um o furação no oceano Pacífico. A Sars começou em mercados chineses e chegou ao Canadá, à gripe aviária já se espalhou por diversos paises asiáticos e ameaçam lugares distantes como o Paquistão e a Itália.
Num mundo de vôos diretos, os gritos desesperados de um cachorro chinês podem chegar um dia num Brasil por meio de uma nova tenebrosa sigla.

Dagomir Marquezi, jornalista, é editor sênior da revista Playboy. Superinteressante - pagina 90 - Março de 2004

Abração Michael.
Namastê
Comentarios:


Nossa, cara! Esse post me fez refletir muuito!!!
Eu amo carne, mas para falar a verdade, prefiro pensar no gado tomando uma martelada certeira na cabeça sem dor cada vez que como carne. Mas sei que nem sempre isto acontece... O que acho impressionate ainda são algumas bizarrices gastronômicas, como por ex O föie grass, que é um patê feito de fígado podre de ganso. Eles amarram o animal e o entopem de comida até seu fígado ficar doente e ele adoecer... depois matam o bichinho pra fazer a droga do patê.Na China, algumas pessoas comem até fetos... Sei de várias historias do tipo, inclusive algumas que um amigo meu de pais chineses me conta.Penso o seguinte: Acho que as coisas eram diferentes antigamente, quando o homem tirava da natureza apenas o seu sustento, aquilo que precisava pra sobreviver... O respeito por todas as coisas foi perdido no geral, e ultimamente pensamos muito mais em nossos umbigos doque nas consequências de nossos atos.Eu Odiava ver o meu Pai depenando galinha sabe... não conseguia comer depois... eu até chorava. Mas não posso negar que amo frango. E que prefiro acreditar que morrem rápido e sem dor quando como...
Taty 02.09.06 - 11:15 pm

Belo post, Michael. Eu não gosto muito de ficar fazendo propaganda da minha opção alimentar, mas isso não significa que eu pense diferente - concordo em gênero, número e grau com tudo o q foi postado. Afinal de contas, já tem quase 11 anos que eu não como carne, e até hj eu acho q foi uma decisão importante na minha vida.Gostei especialmente dessa parte:"Nosso paladar é tão importante assim na ordem das coisas?Um sabor diferente em nossas bocas justifica tudo?"
filipensses 02.10.06 - 7:18 am

FILIPENSSES NÃO PENSE QUE EU ESQUECI:Não é porque você tem 11 anos e eu tenho 10 sem comer carne(fez dia 1/1/06) que não vou lhe alcançar, afinal são apenas 1 ano.Eu não desito disso.FALANDO SERIO:Parar de comer carne também foi uma grande decisão em minha vida, hoje olhando para o passado vejo o quanto isso foi importante em minha vida fisica e expiritual.Quantas bocas eu não calei:"Vc é louco, vc vai morrer, já é margro não vai ficar UM MES SEM CARNE...Estou a 10 anos e quero ficar até o resto da vida.EM TEMPO:QUEM ME MANDOU ESSE E-MAIL FOI UMA AMIGA PUNK (Não a do desenho ou do seriado) DE UNS 20 ANOS.Seu pai até gosta de Prog.RsRsRs...ABRAÇÃO
Michael Meneses 02.10.06 - 7:39 am

Cara, me diz aí qual é o livro cuja citação vc pôs lá no alto do seu blog... heim heim?? =)abraço.
Madruga 02.10.06 - 6:50 pm

Menino, menino... obrigada pelo que vem fazendo para mim...Bjão Vivi
Viviane 02.11.06 - 6:28 pm

Nossa, eu nem lembrava desse e-mail q eu tinha te mandado...E pra mim esse texto está mais atual q nunca...TrÊs vivas ao cara q o escreveu!!!
crix 02.12.06 - 11:30 am

VEJA ISSO:http://ultimosegundo.ig.com.br/m...5/ 2271655_1.xml
Michael Meneses 02.12.06 - 4:13 pm

Como vegetariana comecei a ler o post e parei no meio.Como amiga sei de sua posição e imagino que vc saiba a minha...
Silvia 02.12.06 - 9:02 pm

Salve sir... um pouco com preguiça de parar pra ler o post, mas estou comentando mesmo assim, ok? Um abraço... e aquela coisa da paz tbem, seja lá o que isso for!
Fernando Nightcrawler 02.14.06 - 10:51 pm

Enquanto isso, todos os vegans se entopem de legumes/vegetais geneticamente alterados SEM SABEREM ou cheeeio de agrotóxicos.Amigo, quer reclamar de comida? Vá viver de luz. E nem pense em beber água também...
Lady Metal 02.21.06 - 6:47 am