Diário de Viagem de um Parayba – Parte 10
 29 – 12 -2006 – Finalmente um festival de rock sergipano!
O Rock in Bica marcou, por ter sido meu último encontro com boa parte da cena Rock Sergipana, pois passado o show do BSB-H tive pouco contato com a cena e em menos de uma semana estava partindo em busca de um sonho chamado Rock in Rio 2. A idéia inicial era só o festival, mas sempre existiu o desejo em voltar a morar em minha cidade natal, o que acabou acontecendo.Cheguei a Aracaju no início da noite desci do ônibus perto da Rádio/TV Aperipe (filiada a TV Cultura). Fui caminhado pela AV. Rio de Janeiro até a casa da minha tia, faltando umas 3 quadras para chegar tropecei num barbante e cai bonito, aliás bonito não, cai feio, fui catando cavaco e aranhei perfeitamente os joelhos, proporcionando um belo estrago. Tomei banho, fiz curativo nos joelhos e fui ao encontro do Adelvan no mesmo Bat-Ponto-de-Encontro e seguimos ao AJU ROCK FEST. No carro havia um outro rapaz indo ao show.
O evento aconteceu na ATPN um clube localizado em frente à Praia de Atalaia e ao lado do SESC onde fiz natação e freqüentava a piscina nos anos 80. O evento já rolava e umas 4 bandas tinham tocado, pelo que lembro o Rotten Horror encerrava seu show quando cheguei. Hoje tenho contato com a banda pela rede. A ATPN era espaçosa e o público se dividia em variados estilos, só lamentei que não tivesse um representante heavy e/ou que o público presente não representasse diretamente o estilo, mas isso é o meu ponto de vista, que é a visão de quem defende a união de todos os ritmos do rock.
A primeira banda que vi foi a Triste Fim de Rosilene, já conhecia de nome, mas não sabia que era de Sergipe, qual era o estilo e muito menos que a banda tinha uma mulher no vocal, achei seu show/som surpreendente. Fúria - “Michael onde tu tava esse tempo todo!!??”
Eu – “Estou morando no Rio desde 1991”
Fúria – E como eu não te achei lá!??”
Conheci Fúria no final dos anos 80, era e ainda é um sujeito engajado com o anarquismo, rock, poesia e artes em geral, dizia que nunca trabalharia para não beneficiar o capitalismo dos patrões, porem agora trabalhava num dos espaços mais legais de Aracaju, a livraria Poeysi. Lá aconteciam shows alternativos, venda de livros, HQs, cds, vinis e material artístico sergipano... Enfim um lugar tudo a ver com ele. Nota: Infelizmente em meados de 2008 a Poyesi fechou as portas, uma pena, o local era show de bola, alias de cultura.
Fúria contou que morou um tempo em Nova Campina (Duque de Caxias/RJ), encheu a boca ao perguntar se eu tinha ido ao show do Napalm Death(2004). Afirmei, e ele indagou como não me viu. Até eu me perguntei! Seria fácil ter me visto, pois fotografei o show da beira do palco e em outros momentos sentado no palco de cara para o Barney(Vocal). Também tínhamos amigos em comum e embora eu nunca tendo ido, várias bandas de amigos meus tocavam direto em Nova Campina. Realmente não sei como não nos encontramos aqui no Rio.Fúria me apresentou sua então namorada e hoje ex-namorada, com certo orgulho de me apresentar como alguém que de certa forma viveu o início da consolidação da cena rock Sergipana no final dos anos 80 inicio dos 90.
Dias antes do AJU ROCK FEST, o Athos Moura baixista do Ataque Periférico(RJ), comentou em meu flog: “Nossa, Triste Fim de Roselene e Catarro no mesmo show. FODA!” A banda saiu de Mossoró no Rio Grande do Norte na turnê “Sem Ter Onde Cair Morto” e percorreu parte do nordeste com um crust sujo e visual porra-louca. Ao final do set comprei a camisa da tour (valeu pelo desconto!) e recebi uma edição do Thashit Vol 1 compilação Zine/Cd com Catarro, XReverX e Ternura, a iniciativa do cd foi tão legal que mencionei na minha lista dos melhores cds do ano no
 Portal Rock Press. Alem disso tenho usado uma foto que fiz nesse show nas aulas de fotografia que leciono nos cursos da Estácio de Sá.Recentemente o Catarro fez uma tour pelo Brasil com dois shows no Rio, um deles no Parada Obrigatória em Bangu, logicamente não perdi.
Fazia anos que conhecia a banda, fitas demos e discos de fino bom gosto lhe proporcionaram boas resenhas ao longo de sua história nos mais variados veículos alternativos do Brasil. Coube ao Adelvan me apresentar aos caras da banda. Trocamos idéias sobre vários assuntos e recebi o então ultimo cd da banda. O show foi bem legal, e ainda ouvir um dos musicos levantar uma latinha de cerveja e dizer: “Tá quente, mas não ligo não, eu tomo café quente e não reclamo” Adorei, tanto que eventualmente falo isso.
Outra Banda que só conhecia de nome. Rockassetes embora seja de Sergipe é radicada em SP, não cheguei a ver todo show. Hoje tenho um cd deles que descolei na Freedom (Loja do Silvio da Karne Krua). Embora ainda com publico a ATPN já apresentava espaços vazios, quando formos embora, na volta Adelvan deu carona ao Silvio e esposa.Ao chegar já de madrugada em casa entrei no MSN e recebi uma solicitação de adição no MSN. Reconheci o e-mail, mas não lembrava de quem era. Aceitei, ela se apresentou e GELEI com a descoberta... Para saber o antes e depois da historia leia: MULHERES À LA CARTE!
MICHAEL MENESES!


